Ao estudarmos história, mencionamos anos, décadas, séculos e milênios – presente e futuro.
Quando era criança nos idos de 1970, ouvia dizer que os meus amigos tinham paralisia infantil, eram acometidos de sarampo, rubéola, catapora, piolho, sarna, bicho de pé (tive esses três últimos, que eu me lembro) e tantas outras que não recordo os nomes dados a elas.
Aí eu fui crescendo e vieram notícias de outras, mais graves, Aids, anos 80 (foi o terror na época), vi alguns ídolos da música e da arte indo embora, doenças relacionadas ao sexo (DST) e outras mais. Ah, sem falar na malária que acometia somente o pessoal do garimpo de Serra Pelada no interior do Pará (1979 em diante). Isso tudo nas minhas lembranças.
Bem, o que quero expressar com essas memórias de minha infância e juventude, sem deixar de salientar que nas décadas seguintes, também tivemos muitas doenças.
Digo que o ano de 2020 vai ficar na história, não só do Brasil, mas do mundo, como o ano em que o mundo parou! O ano em que o mundo parou com medo, que medo? Medo da morte? Medo da fome? Medo do desemprego? Medo do futuro? Medo… medo… medo!
Toda criança com medo corre para os braços do pai ou da mãe, e lá está segura, porque confia nos braços fortes de quem a acolhe. O vento pode uivar lá fora, pode parecer um lobo, mas no colo de seu pai, é apenas o vento. A coruja pia, o olho se arregala, olha para mãe que está bordando calmamente, e se assossega. Somos assim! Temos a quem recorrer quando a coisa complica!
Aí!!! Bummmm… Explode um vírus mortal no planeta, que nos afasta dos afetos, dos abraços, dos beijos, dos apertos de mão, e nos vimos acuados e perplexos sem poder de defesa e sem rumo. Escondemo-nos em casa por 15 dias… 30 dias… 60 dias… Onde estão nossos pais? Onde está nosso consolo para nossos dias de hoje? Eles também não têm respostas.
Aos 55 anos, nos vimos (toda equipe de liderança) atentando para acalmar as pessoas da empresa, nossos colaboradores, os que precisavam ir ao trabalho nos hospitais, os que eram grupo de risco, as grávidas, os diabéticos, os com pressão alta, etc, e eu também estava com medo!
Contudo, sempre há esperança de dias melhores. Estamos há mais de 70 dias em luta contra um inimigo invisível, porém poderoso. Deixou o mundo ao contrário. Trabalhamos em casa e não na empresa. Filhos não vão para escola, estudam em casa. Tudo mudou!
E a higiene de mãos? E a limpeza de pés e de ambientes de casa e trabalho? E as compras do mercado, que devem ser higienizadas ao chegar à nossa cozinha? E as máscaras que usaremos de agora em diante em todo ambiente público e de aglomeração de pessoas? Alguém notou que será assim de agora em diante?
O que antes era limpeza para beleza, hoje, a razão para se ter saúde, é a desinfecção!
Pense nisso como uma forma de enxergar novos tempos, com novas formas de se comunicar, interagir, de agir e de se relacionar.
Conte conosco!
Vera Antunes – Centrallimp.